Teotônio Vilela diz que condenação deixa lição para os crimes de mando
O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), durante um café-da-manhã com a imprensa, nesta quinta-feira, 19, avaliou a condenação dos envolvidos no crime que vitimou a ex-deputada federal Ceci Cunha e parentes – dentre os quais o ex-deputado Talvane Albuquerque – como um marco para o Judiciário. “Foi um julgamento que teve sua demora em relação à decisão quanto ao fórum competente para o julgamento, além dos muitos recursos da defesa”, colocou Vilela.
O chefe do Executivo se disse satisfeito com o resultado e com a condenação dos réus. “Foi feito justiça, ainda que tanto tempo depois”. Porém, em sua avaliação, o resultado deixa uma lição para os poderes constituídos em relação ao combate ao crime de mando. “Este julgamento vai influenciar todo cidadão público a querer dar mais celeridade, para que se evite a sensação de impunidade na sociedade. Um crime ser julgado 13 anos depois é muito tempo. Mas foi feito justiça e foi um dos crimes mais terríveis de nossa história”, colocou.O chefe do Executivo ainda aproveitou para ressaltar que em sua administração – conforme ele – os crimes de mando diminuíram “e muito”. “Hoje, a Polícia Civil de Alagoas e a Militar não sofrem ingerência política. Quem cometer crimes e andar fora-da-lei sabe que vai ter que pagar, independente de quem for. No governo atual, os crimes de mando são investigados com isenção, por isso diminuíram significativamente. O que temos – em 90% dos casos de homicídios – são crimes ligados à questão do tráfico de drogas”, ressaltou.
De acordo com Vilela, “o Estado de Alagoas ainda possui uma imagem que é a tradição do pistoleiro e de quem manda matar. Os coronéis. A decisão de apressar inquéritos, resolvendo os casos com isenção e com celeridade da Justiça, ajuda a mudarmos esta imagem, como vem acontecendo. Alagoas reduziu e muito os casos. Não só dos crimes de mando, mas erradicamos os sequestros, assaltos a banco e atualmente o grande problema é a violência ligada ao tráfico e isto, estamos combatendo sempre e muito”, disse ainda.
“O caso Ceci Cunha dá o exemplo do que deve ser feito pela Justiça e do que também não deve ser feito. Abre espaço para aprofundarmos a discussão em relação à demora de processos, da conclusão dos inquéritos. Mas, o Brasil inteiro hoje faz uma reflexão sobre Justiça e impunidade, além de avaliar a conduta de cada instituição”, sentenciou. Vilela ainda fez um retrospecto da história de vida da parlamentar, colocando-a como uma mulher “que teve uma origem humilde e foi vitoriosa sem esquecer de sua luta”.
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